O BiblioCamp surgiu como uma desculpa para encontrar amigos em um evento não-acadêmico auto-organizado. Eu achei que poderia promover o encontro de pessoas que estão distante geograficamente, mas que são movidas pela mesma intenção e mesma atividade de trabalho. Pessoas que trabalham com bibliotecas e que tinham histórias interessantes para compartilhar. O que não é muito diferente de eventos tradicionais da área (cbbd, snbu, enebd). O que não é muito diferente de eventos não acadêmicos da área (bibliochurrasco, bibliostock, biblio.lab).
O BiblioCamp é uma desconferência. As pessoas não precisam de introdução, elas se introduzem. As pessoas não precisam enviar artigos, elas são o conteúdo. As pessoas não precisam ser aprovadas, elas assumem o risco. As pessoas não ganham certificados, elas ganham experiência. As pessoas não pagam pra participar, e não exigem nada em troca.
O BiblioCamp não teria acontecido se as pessoas que eu convidei, muitas das quais fazem parte do meu círculo pessoal de amigos, não tivessem comprado a ideia experimental do evento, sem se preocupar que ele se transformasse em algo paternalista, ou simplesmente fosse um fracasso total. Meus agradecimentos à Geraldo Prado, Andrea Gonçalves, Elisa Machado, Regina Fazioli, Soraia Magalhães, Antonio Carlos do Cangulo, Luciana Grings, William Okubo, Sarah Miglioli, Tiago Murakami, Amanda Franco, Gustavo Henn, Fabiano Caruso, Derbi Casal, Marcela Kroeff, Leandro da Fonseca, Alex da Silveira, Diego Abadan, Alberto Calil, Laffayete Alvares, Chico de Paula, Rodolfo Targino, Fabricia Sobral, Margarete Borba, Marcus Vinicius, Ilzo Laube, Gilda Queiroz, Nelson Silva, Mariana Zattar e Teresa Silva. Agradeço também a todos que deram força desde o início, mas que não puderam estar presentes: Aldo Barreto, Vladimir Sybilla, Roberto Lopes, Adriana Ferrari, Marcelo Lima, Abraão Antunes, Viviane Silva, Roosewelt Lins, Iara Vidal, Alessandra Gomes e Katyuscia Souza. Certamente esqueci vários nomes, desculpa.
O BiblioCamp também não teria acontecido sem a parceria com as empresas e pessoas que toparam promover e patrocinar o evento e que permitiram que o evento acontecesse inteiramente de graça pra todos. Meus agradecimentos à Alexandre Pimentel e Ivete Miloski da Biblioteca Parque de Manguinhos, que gentilmente cederam o maravilhoso espaço para a realização do evento e por terem recebido todos nós com muito afeto; Vera Saboya, superintendente de leitura e do conhecimento do governo do estado do Rio, que acreditou no evento sem nenhum restrição; Henrique Kelmer e Valeria Sá da Contempory, por terem abraçado a causa desde o primeiro dia e por terem oferecido o delicioso café da manhã, café da tarde, filmagens e fotos oficiais; Leia Leal da Elsevier, por ter oferecido as bonitas bolsas e cadernos para os participantes; Ana Macedo, da Proquest, por ter oferecido a incrível bolsa de velcros e o kit para os participantes; Eneida Oliveira, da UFRJ, por ter oferecido as lindas agendas pros participates; Nelson Silva da NS Consultoria, Gustavo Henn do Biblioteconomia Para Concursos e Leandro da Fonseca, pelo patrocínio avassalador e por toda ajuda na divulgação e promoção nas redes sociais; e Raquel Mattes da Alexandria online, por ter salvado minha pele e na última hora garantido o almoço para todos os participantes do evento.
Muito muito obrigado mesmo! Vocês foram incríveis!
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Modelo de organização
O BiblioCamp na minha cabeça é uma mistura de TED, SXSW Interactive e Barcamp.
Não pretendo organizar outros BiblioCamp, mas a licença do Barcamp é livre e o estímulo é que outras pessoas organizem o evento nas suas cidades, nos próximos anos.
Em nenhum momento eu lidei com dinheiro diretamente ou notas fiscais. Toda captação de recursos foi feita em forma de parcerias, uma empresa que concordou em oferecer algo, outra que concordou em oferecer outra coisa, e assim por diante.
Se alguém quiser organizar um BiblioCamp em sua cidade, a sugestão é:
que o evento tenha um intervalo de pelo menos 1 ano, e que fique distante das datas dos eventos tradicionais da área (CBBD, SNBU, ENEBD);
que o evento continue intimista, no máximo 50 pessoas. Superior a isso, vira uma subdivisão de panelinhas.
que o evento continue de graça para os participantes, e que a organização se esforce na captação de recursos.
que a organização não toque em dinheiro. Todos os gastos podem funcionar via parcerias.
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Modelo de apresentações
A parte mais difícil do BiblioCamp é o mapeamento das boas práticas. Certamente existem dezenas, centenas de pessoas, fazendo um bom trabalho com bibliotecas ao redor do Brasil. Mas encontrar essas pessoas que estão fora do circuito mainstream é bem difícil.
A sugestão é que a dinâmica de submissão de propostas seja respeitada, e que o evento seja transparente em relação à composição da grade de apresentações. Que fique algo 33/33/33, 33% pessoas escolhidas a dedo, 33% de apresentações mais votadas e 33% escolhidas por uma comissão, mesmo que não tenham conseguido votos suficientes pra figurar entre os primeiros.
Por experiência, esse modelo pode não funcionar, porque a cultura é a de não compartilhamento se as pessoas acham que não vão levar nada em troca, vão apenas distribuir seus segredos pros concorrentes. Mas é possível insistir.
A sugestão é que tudo seja midiático e performático, cada pessoa com 15 minutos de fala, sem intervalo entre apresentações, sem tempo para perguntas, com tudo filmado e postado no youtube.
Speed talking é conciso e não aceita interações. Então todo o debate deve ocorrer depois do evento. É pra isso que a internet existe, as pessoas podem trocar emails e conversar o quanto quiser, não necessariamente logo após a apresentação.
Menos tempo de fala é igual a maior tempo total dividido entre mais pessoas.
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O BiblioCamp não para aqui.
Nos próximos dias eu pretendo reformular o site, e ele servirá como uma coletânea dos vídeos e slides das apresentações.
As fotos e filmagens oficiais estão sendo editadas e em breve irão aparecer.
Estou compilando no facebook algumas fotos que pesquei.
E todos os slides estão disponíveis no slideshare.
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