Essa é a última biblioteca da minha série sobre a Escandinávia. Eu visitei mais de dez e a pública de Estocolmo é a que talvez melhor representa o que é ser uma biblioteca pública na Escandinávia, onde o nível educacional é muito alto e as bibliotecas são parte importante da participação do Estado no exercício da cidadania.
Depois eu vou escrever um post sobre o que eu aprendi com as bibliotecas de lá.
Biblioteca da Universidade de Estocolmo, Suécia, uma das bibliotecas que melhor representa o conceito de biblioteca universitária que eu já conheci (gosto muito da biblioteca da PUC-RS também).
Era domingo, a biblioteca estava fechada por conta das férias acadêmicas. Em dias normais eles recebem cerca de 7 mil visitas locais.
A bibliotecária chefe explicou que periodicamente eles fazem uma pesquisa de satisfação com os usuários, sobre o ambiente físico, o que explica o excesso de mesas e cadeiras (eles tem contrato de mobiliário com a IKEA, que é aquela loja sueca lindona), que é uma demanda dos próprios alunos. Ao contrário do que se pensa (eu mesmo) os alunos não querem espaços necessariamente amplos ou hiperconectados: querem espaços silenciosos, para estudos individuais ou coletivos. E tomadas, muitas tomadas.
Mas, se por ventura uma nova turma de calouros indicar que prefere mais espaços amplos, menos salas fechadas e menos cadeiras, então a biblioteca guarda o mobiliário em um depósito, até que uma nova turma de calouros apareça com uma demanda diferente.
A arquitetura da biblioteca é dos anos 70, tem um quê de arte soviética, como eu senti mais forte na Noruega. O plano central do prédio da biblioteca é o formato de um navio. Afinal, eles são vikings.
A biblioteca usa sistema de catalogação e classificação sueco, e como isso é problemático para fins de importação/exportação, estão migrando tudo para LoC e Dewey. Sabe-se lá como, porque o volume de materiais é absurdo.
Hall de entrada, com lanchonete
mascote da universidade, uniformizado pelos próprios alunos
devolução
monitor de navegação, wayfinding
devolução automática e reservas
Paris Hilton na biblioteca
postos de trabalho dos bibliotecários
departamento de cartografia
mesas, muitas mesas. Todas IKEA
salas coletivas ao fundo, filtros de linha sobre as mesas
Veiledning é quase o mesmo que “informações”. Então isso aí que vocês tão vendo é uma mesa de referência. As pessoas sentam frente a frente com a bibliotecária e fazem todos os tipos de processos de referência.
O painel luminoso é uma espécie de senha para as pessoas usarem os computadores livres, com internet.
iMacs
moreno precisa botar a mão no joelho e dar uma baixadinha. ergonomia #fail
crianças, sempre presentes
poderia ser a sala de casa, mas não. é a biblioteca pública.
isso aqui são cápsulas, você senta ali e consulta o catálogo. como eu estou fazendo no vídeo abaixo
Dentro da estação do metrô (reparem as roletas de entrada no fundo), estava a biblioteca.
Segui a sinalização
Cheguei no balcão de informação
A biblioteca fica dentro da estação, no subterrâneo, segundo andar. Roletas do metrô ao fundo
Devolução automática, reservas
Seção infantil
Parece livraria, mas é uma biblioteca. Como o Tiago notou, eles não usam sistemas de classificação em bibliotecas pequenas. Afinal, não faz sentido mesmo. Essa biblioteca deve ter menos de 200 metros quadrados, os livros estão agrupados por assunto.
Salão de leitura
OPAC consulta
Essa é uma das bibliotecas da rede de bibliotecas públicas de Estocolmo, Suécia. Pelo que eu entendi, como o sistema é um só, você pode pegar livros em qualquer biblioteca e devolver em qualquer outra. Então claro, nada mais simpático do que ter uma biblioteca dentro de uma das estações do metrô.
estantes de reserva (o livro já estará lá na data marcada, o usuário vai direto nas estante, pega o livro e passa no empréstimo automático, não precisa nem do intermédio da bibliotecária)
estantes de reservas
salões de estudos abertos
salão de estudos fechados (supostamente só usuários cadastrados e pesquisadores podem acessar)
lanchinho na biblioteca, porque não dá pra estudar com a barriga vazia
Armazém depósito
Vão central
Salão de estudos
Microfilmes
Bibliotecárias: iguais em todas as partes do mundo
Biblioteca da universidade de Copenhagen, Dinamarca. O prédio é de 1856, mas a biblioteca existia desde 1482. O clima é extremamente acadêmico, para entrar e pesquisar lá tem que ser credenciado, tem que apresentar a pesquisa, etc. A biblioteca também foi incorporada pela Royal Library, que é tipo a biblioteca nacional da Dinamarca, então eu creio que um lote do acervo tenha sido remanejado e por isso se vê grande parte das estantes vazias.
Essa biblioteca geralmente entra naquela lista de bibliotecas mais bonitas do mundo. E é mesmo.