O Manue, do Figoblog começa seu post chamado “Há um piloto no avião?” da seguinte maneira:
“É surpreendente ver que em 2006, os bibliotecários se inquietam de saber que a biblioteca digital se fará sem eles”
Mas nem tudo está perdido. As Bibliotecas 2.0 serão agora estimuladas por bibliotecários. E com isso ele nos indica o artigo: Services web 2.0 dans les bibliothèques : vers des bibliothèques 2.0? do blog Bibliobsession 2.0.
Esse é um assunto interessante, que está aparecendo cada vez mais nos blogs e fontes de informação. No blog Digeracy, tem muitos posts interessantes sobre a Biblioteca 2.0 e o Bibliotecário 2.0. E no blog Infogestores, há um artigo interessante sobre “Web 2.0 y Bibliotecas digitales”.
Eu particularmente ainda estou um pouco cético sobre o uso apenas dos conceitos da Web 2.0 no nosso metier. Porque sinceramente tenho medo de uma apropriação de conceitos de forma descontextualizada… assim como aconteceu com marketing, gestão do conhecimento, reengenharia, etc…
Além disso, tem algumas palavras chave em nosso contexto que dever ter a nossa devida atenção: desintermediação, desinteresse ou desconcentração, escassez de tempo e uma muito legal: serendipidade e outra nem tanto: concorrência.
Tudo isso gera um cenário em que não adianta sugerir outras obras, criar treinamentos, mudar os produtos… temos que mudar a própria concepção do serviço.
O tempo da organização passou, o da preservação não, mas não deve ser o único foco. Acredito que poderiamos liderar essa competição estimulando a diferença, mas como?
Alguém se lembra do Harry Potter, do Senhor dos Anéis, ou qualquer outro nesse sentido? Eles nos provam que as pessoas (principalmente os jovens) leem grandes volumes, mas por favor, dêem para eles coisas interessantes. Ninguém vai ler Eça de Queiroz por prazer aos 16 anos…
O nosso trabalho está se voltando muito mais para a educação, em que agora somos forçados a criar conteúdo, e não mais apenas organizar os já criados… tipo nada contra os metadados descritivos, eles são importantes, mas o foco (a meu ver) deveria ser a criação de contexto e alguma forma de demonstrar porque vale a pena ler aquele documento… não são só as indicações, mas algo estimulante, induzindo (sim!) o leitor.
E além disso, deveremos saber responder a seguinte pergunta do internauta: Por que usar uma biblioteca digital se eu posso usar o Google?
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