O quanto temos que ler?

Está claro para todos que uma boa formação exige uma boa quantidade de leituras para conseguirmos sair da opinião para começarmos a nos basear nossa atuação em fatos científicos, o que teoricamente nos torna mais eficientes. Se não fosse por isso, não fariamos faculdade.

Mas o problema é quanto temos que ler para nos mantermos atualizados?

Já ouvi de muitos bibliotecários mais antigos que na nossa profissão não apareceram grandes novidades desde que se formaram. Conheço poucos profissionais que leem constantemente sobre a área. E conheço bibliotecários que são o outro extremo (quase me incluo nessa), os que tentam ler quase tudo o que encontram. Normalmente, estes acham que há muitas novidades na área e é dificil acompanhar sem se especializar.

Então, será que existe uma quantidade ideal, que nos torne realistas na prática, mas sonhadores que possam idealizar melhorias por meio do conhecimento?


4 respostas para “O quanto temos que ler?”

  1. O grande lance é que se for esperar livros de bibliotecários ou professores de CI, e brasileiros, vamos ficar achando que nada acontece de novo. Mas acontece e muito, lá fora. Já o quanto temos que ler, acho que é ler muito e de tudo que nos interessa. Boa discussão essa.

  2. Concordo com o Gustavo. A bibliografia brasileira é muito lenta e acaba tocando quase sempre nos mesmos temas. E ficar esperando tradução dos livros da área para o português é outro dilema…

    Quem acompanha os periódicos internacionais, os blogs e as informações na rede não tem sombra de dúvida de que muito acontece sim.

    Essa é uma das questões que sempre me pergunto… Estou no grupo das pessoas que ficam loucas com a quantidade de informação que temos que absorver! xD Me sinto na “obrigação” de estar informada na nossa área, mas tb de saber o que acontece nas outras (acredito que é importante olhar os outros para olhar a si mesmo, e que vivemos num mundo multidisciplinar e não dá para olhar só para o próprio umbigo).

    Mas outra dúvida que tenho é: será que não exageramos ao querer saber demais? Será que não é possível se manter informado sem “sofrer” tanto? =P Acredito que exista uma quantidade ideal sim, mas chegar a ela (ou saber exatamente qual é) é que é o problema….

  3. Oi Tiago, eu penso que o mais importante não é a quantidade de livros lidos, mas as inferências que podem ser feitas a partir das leituras (o que inclui a questão da literácia). E os bibliotecários mais antigos que acham que não apareceram grandes novidades, não teriam que ler as novas publicações para fazer esta comparação e afirmativa? Ou você acha que esta percepção vem da não leitura (eles não lêem e por isso desconhecem as novidades)? Particularmente, não tenho esta “ansiedade de inforjmação”, que aliás é um título que merece ser lido 🙂

    Infelizmente, no Brasil se publica muito pouco na área. Acho que muitas experiências e relatos poderiam ser publicados, mas isto não é uma prática, daí a importância de veículos como este aqui (isto também responde àquela sua outra pergunta sobre o que leva alguém a manter um blog, não é?) Abs!

  4. Cláudia,

    Eu acho (achismo total) que essa percepção vem da necessidade a eles apresentada mesmo. Os usuários não entram mais na biblioteca, mas ainda há alguns que entram e eles mantém a sensação que o sistema funcionam, os usuários é que não precisam mais da biblioteca.

    Eu particularmente tenho um pouco dessa ansiedade, mas sei dosar ela, tentando criar um grande filtro antes de começar a realmente ler. Eu comecei a pensar, diariamente leio 5 jornais, uns 400 a 500 posts no bloglines, um ou mais artigos, e ainda o que preciso para trabalhar!!! E ainda tento ler um livro para diversão, mas confesso que nem sempre consigo.

    Quanto a publicação, concordo com vcs. Acho que são poucos mesmo, isso nos obriga a aprender outras linguas. Quanto ao registro, o RABCI ( http://infocultura.info/rabci ) aceita o registro de relatos de experiencia (alias, aceita tudo o que quiserem), mas acho que precisa ser melhor divulgado.

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