Na discussão sobre o Winisis, a Luana levantou questões interessantes: “alguém aqui chegou a aprender pelo menos o básico de SQL na disciplina de Bases de Dados…ou mesmo a criar uma BD com o Winisis…alguém pelo menos tem ou teve a disciplina de criação de BD durante o curso?!?!”
Sempre afirmei que a matéria mais importante que tive durante a graduação foi Elementos de Lógica para Documentação. É uma matéria que serviu de base para todas as matérias técnicas mais abstratas como por exemplo representação temática. Uso isso para argumentar que não deveriamos ter matérias de criação de bancos de dados no curso. Das matérias que tive de informática, tive Representação descritiva I, matéria em que conheci o Winisis ( inclusive ele roubou um pouco o foco, pois seria mais importante aprender a teoria de catalogação ) e depois Documentação e informática, matéria que aprendi a analisar o mercado de automação de bibliotecas, estudar os produtos disponíveis e nos relacionar com os vendedores de software. Hoje vejo a importância de ter aprendido isso, ao invés de aprender a criar bases de dados ou algo parecido. Como bibliotecários, acredito que temos que conhecer como descrever o nosso negócio de maneira mais clara e lógica possível e aprender a conversar com o pessoal de informática. Há casos em que pegamos bibliotecas com menos infraestrutura, aí o caso é aprender a usar frameworks em que se possa moldar a sua realidade ao software.
Além disso, acredito que uma das matérias que mais me ampliou os meus horizontes foi Comunicação Digital, em que aprendi a compreender melhor a cultura informacional na pós-modernidade.
Tudo isso se liga a uma outra discussão, e minha visão é que o papel da Universidade é formar pessoas capazes de resolver questões complexas, não aplicar modelos.
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