O que leva os estudantes de graduação a enviarem trabalhos para os ENEBDs e EREBDs e não os depositarem em repositórios?
Esta é uma pergunta que eu sempre me fiz nesses tempos organizando o RABCI. Vamos levantar algumas comparações:
– Avaliação e status acadêmico
. Apresentar um trabalho em um encontro vale acadêmicamente e depositar em um repositório não. Mas sinceramente, eu nunca vi ninguém considerar um trabalho apresentado em evento e sempre observei pouco interesse em assistir uma apresentação.
– Disponibilização . Um trabalho num evento fica “publicado” nos seus anais. Um trabalho em repositório fica disponibilizado, mas não é “publicado”. O alcance dos anais são normalmente os participantes do evento, do repositório é maior por estar disponível para todos.
– Iniciação científica . Apresentar um resultado de iniciação científica em um evento é obrigatório. Por que não disponibilizá-lo em um repositório depois disso? Foi dinheiro público empregado nessa pesquisa.
Não estou defendendo apenas o RABCI nesta. Mas porque não depositam trabalhos então no E-Lis então? Um repositório confiável. O que quero não é criar uma competição, mas tentar demonstrar a necessidade de complementaridade entre os dois.
14 respostas para “Por que não divulgamos mais a produção acadêmica?”
Acho que é uma falta de costume apenas, Tii. Não que não queiram, mas é por que realmente ninguém pensa nisso. O que pode inibir também algumas pessoas de postarem trabalhos é a questão do plágio, o que acontece muito mesmo na graduação ao menos. Enfim.. Só consigo pensar nessas alternativas por hora.
Eu acho que ainda não caiu a ficha (não aquela do catálogo, claro) do pessoal sobre o poder viral da web, potencializando a disseminação e a visibilidade de sua produção acadêmica.
Uma ironia, mesmo, tratando-se de estudantes que terão na disseminação e na recuperação da informação seus objetos do fazer profissional, quando formados…
Penso um pouco como a Sibele, mas talvez tenhamos mais coisas por ai. Talvez fosse interessante perguntar: Por que publicamos? (aqueles que publicam). Será que publicamos somente devido a “cultura do Lattes” que paira sobre nós?
To whom it may concern, isso de ‘cultura do lattes’ (entre professores) também tá sendo debatido aqui:
http://embuscadabibliotecaperdida.ning.com/group/informacaocientifica/forum/topics/lancamento-do-livro-redes
O que eu não entendo é porque não tem (ou não é bem divulgado) anais de todos os EREBDs/ENEBDs.
Encontrei alguns, só:
EREBD Sul 2007: http://www.erebd.ced.ufsc.br/portal/index.php?section=29
EREBD SE/CO 2005: http://www.portalppgci.marilia.unesp.br/ric/erebd/
Tenho uma amiga que está fazendo um levantamento sobre os trabalhos apresentados nos últimos anos nos encontros. Como participei da maioria deles, acreditei que eu teria todos os anais para emprestar.. mas como disse a Lilly, nem todos tem.
No ENEBD deste ano terá um trabalho exatamente sobre isso. Vamos ver…
Aliás, fiquei com vergonha… vou colocar os nossos no repositório já! huahuahuha
Super válida esta idéia, pois, além de ser um meio de encontrar os trabalhos apresentados, é um modo de preservar um pedacinho que seja das histórias dos encontros, embora seja a parte séria, mas enfim… eu apoio, até vou ver com quem estão os trabalhos apresentados no erebd seco2008 para pedir autorização pros autores pra publicar, ou será que nem precisa desta autorização?
Acho que nem precisa, Amanda. Mas não entendo muito disso.
Eu ainda acho que deveria ter um site pra hospedar todos os anais de erebds e enebds!
é só alguém se oferecer pra fazer…;)
alguns pontos
1. os professores deveriam ser os primeiros a estimular e não o fazem;
2. os alunos são os grandes plageadores e alegam ter medo de terem trabalhos online plageados – uma alegação idiota, pois afinal, só está sujeito a plágio que torna as idéias públicas, quem as publica;
3. eu não preciso publicar em periódicos qualis e me sujeitar a uma avalição subjetiva de pares já que possuo meu próprio veículo de divulgação e comunicação;
Murakami, mto bem colocado isso. Acho que o que também pesa é o incentivo nas publicações de evento tanto com os descontos de inscrição, como as publicações no Lattes.
Vc já viu a proposta dos alunos da UNESP/UFMG Lucas, Josué e Hugo da utilização do OCS pra recuperação da informação de trabalhos de encontros? Eles apresentaram no EREBD-Sul: http://blogdaeci.wordpress.com/2009/03/27/sai-o-resultado-dos-trabalhos-aprovados-no-erebd-sul-eci-marca-presenca/
Acredito também que existem alunos que não qurem mesmo deixar seus trabalhos publicados em repositórios. Confesso que sónão publiquei os meus pq sempre os faço em grupo, e sempre tem um do grupo que decide não publicar.
Pra isso eu acho que os Encontros deveriam ter um repositório proprio, ou então adotar um, o RABCI quem sabe, para que todos os trabalhos que fossem aprovados e apresentados nos encontros, fossem por obrigação depositados.
Esses trabalhos apresentados, são a memória do mov. estudantil de Biblioteconomia. Lembro que em Sanca, o pessoal sentiu falta da historia do movimento da Biblio, mas agora eu vejo que o proprio estudante não ajuda a construir!
Concordo que: E falta de costume, os os pontos que o moreno colocou. Enfim…
O problema é que muito escrevem seus TCCs apenas por obrigação. Não tentam aliar a exigência de um trabalho final com algo que gostem ou achem importante. Daí quando se formam querem mais é esquecer do trabalho final.
Coloquei o meu TCC no RABCI, CYPEDIA, E-LIS e PLURIDOC, além de divulgá-lo em muitos blogs.