A Sony lançou por esses dias um novo leitor de e-books e como promoção do produto lançou também um hotsite que permite a busca por e-books na biblioteca mais próxima do interessado. Basta entrar com um CEP e os resultados mostram uma lista de bibliotecas da região que oferecem empréstimo/download de e-books.
No Brasil…dentro de 67 anos.
Além de toda aquela história que as pessoas agora estão mais propensas a utilizar os leitores de livros eletrônicos, de um número de usuários interessados nas coleções digitais vir aumentando gradativamente nos últimos anos, acho que conforme as bibliotecas e os bibliotecários cada vez mais se preocupam em atender essa demanda da melhor forma possível, mais e mais pessoas passarão a fazer uso dessas tecnologias. Qualquer coisa que promova a leitura e o uso dos recursos de uma biblioteca me parece atraente.
As bibliotecas (americanas) que oferecem coleções digitais (aqui tem uma lista grande de bibliotecas que oferecem empréstimo de ebooks) tem políticas bem estabelicidades sobre a distribuição e uso do acervo digital. Algumas permitem o download para os usuários cadastrados, e eles podem ficar com os arquivos pra sempre. Outras usam DRM, ou algumas variações de restições digitais, onde o arquivo precisa ser devolvido para a biblioteca ou o próprio software reconhece que o período de empréstimo acabou e o arquivo é deletado do software do usuário. Existem outras políticas, mais simples e mais complexas.
O Google anunciou ontem também a liberação de download de livros no Google Books no formato EPUB, que é compatível com a maioria dos leitores de ebooks e alguns outros aparelhos, como o iPhone. É uma espécie de pdf mais leve.
Eu já uso o Adobe Digital Editions há bastante tempo, não só pra gerenciar toda minha coleção de artigos e documentos em pdf, como pra ter uma leitura mais agradável na tela do computador.
O que me chama atenção é que nesse caso específico da Sony, os caras nada fizeram além de criar um mecanismo de busca que faz o rastreio dos sites das bibliotecas que oferecem empréstimo das suas coleções digitais, através da inclusão de um CEP. Ou seja, algo que seria perfeitamente possível de se fazer no Brasil, já que eles não estão fazendo a busca no catálogo interno das bibliotecas, o que tornaria o procedimento bem mais complicado. Eles apenas criaram uma lista de links e associaram os links a uma outra lista de CEPs.
Algo que uma biblioteca maior como a Biblioteca Nacional ou a Biblioteca do Senado, poderiam fazer para as bibliotecas públicas e as universidades maiores como a USP, UFRJ e Unicamp poderiam fazer para as bibliotecas universitárias. Um serviço prestado aos cidadãos.
O problema por enquanto talvez seja que as coleções digitais ainda sejam muito pequenas ou “despreparadas”. Por exemplo, eu vejo que a maioria das universidades possum um canal, uma webtv, uma assessoria de imprensa que grava os eventos que acontecem, algumas palestras, algumas aulas. Por que não tornar esse conteúdo disponível para download, por meio de serviços decentes, compatíveis com ferramentas que os usuário interessados nesse tipo de materiais utilizam, como ipods, iphones, leitores de ebook, psp, etc ?
A conferir.
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