Estava eu fazendo a prova para bibliotecário da UNIFESP e me deparei com a seguinte questão:
29 . Algumas iniciativas de bibliotecários brasileiros estão ajudando na divulgação da biblioteconomia e de suas atividades no bojo da Web 2.0. Entre elas, podemos citar:
a) Bibliotecários Sem Fronteiras e ExtraLibris
b) CFB e International Librarians
c) Bibliotecários Anarquistas e BiblioLoucos
d) IBICT e Bibliotecários Anarquistas
Era uma questão fininvest (crédito fácil), mas fiquei feliz com o reconhecimento.
Dá para baixar a prova inteira aqui.
28 respostas para “Não deixa de ser uma forma de reconhecimento”
Tiago,
Prova pra uma instituição pública federal, sempre tem bastante gente fazendo.
Considero um grande reconhecimento sim, merecidamente. Parabéns!
Concordo, merecido. Parabéns. Mas essa não foi a primeira questão que envolveu o BSF não.
Parabéns pelo reconhecimento!!
abraço
Ser questão de prova de concurso???? Grande reconhecimento, Tiago! Parabéns!!!
E parabéns também ao Moreno, pelo ExtraLibris!
Olá,sou professor,bibliotecário,quer dizer auxiliar de biblioteca,pois não tenho faculdade,porém a experiência de 32 anos,e acho importante a interatividade com os bibliotecários,para se conhecer as dificuldades e vitórias do setor.
parabéns, pessoal!
este sítio é afudê, dûcaralho.
Bacana, né? Parabéns! Mas saibam que uma das minhas grandes decepções em matéria de biblioteca foi justamente a da Unifesp, campus aqui da V. Mariana, (Escola Paulista de Medicina!)onde faço mestrado. Pobriiiinha de marré-de-ci, didadó. Tanto que quando não achei nada do que estava procurando de psiquiatria, fui perguntar à bibliotecária onde ficava “o restante” (que fora!) e ela, sem graça, disse “é só isso, mesmo”. Cadê o governo federal qua não dá um upgrade nela?
Esta questão estava fácil e corretamente escrita, mas Tiago vc não várias questões mal escritas e com erros de grafia e de respostas tbém? Por exemplo: as questões sobre as normas Vancouver foram tiradas do trabalho: Normalização de trabalho científico na área biomédica que se baseia na ABNT e na Vancouver, e não segue a risca as normas Vancouver. Eu respondi as questões me baseando na Vancouver e dancei. Tem tanta questão para entrar com recurso que não dá tempo no prazo de 24 que eles dão. As questões sobre O Linux – onde no edital estava que iria cair sobre o linux? o edital diz: Conhecimentos de Informática: Pacote Microsoft Office; conhecimentos de operadores de busca; ferramentas de busca na internet.
Olhe outro exemplo: Questão 58. Para documentos sem indicação de data, a norma permite o uso de alguns artifícios. Marque a coluna 2 de acordo com a coluna 1. (que Norma ?????). Eu acertei pensando na ABNT…mas tinha que estar especificado qual norma. A questão 60: Considere os assuntos e a respectiva notação, sob a Classificação Decimal de Dewey. A religião entre os adolescentes = 200.835 – Psicologia étnica dos ciganos = 155.8491497. A notação final está correta não era isto que a questão pedia? Então neste caso todas as alternativas estão corretas, mas não tinha esta opção para escolher. Sem falar nas questões que eram baseadas em alguns autores tipo Lancaster, Grogan, TAMMARO, SALARELLI etc. no edital não deveria ter a bibliografia para estudarmos? Estes são somente alguns exemplos mais se tivesse tempo para analisar a prova tenho certeza que encontraria muito mais.
Concordo com vc Luci, q provinha, viu!! Muito mal elaborada, com citações de autores e erros grosseiros. Mas tudo já começou errado lá atraz, este concurso foi lançado em dezembro de 2008, foi literalmente um ” parto” para esta prova sair.Fomos avisados 15 dias antes. A pressa foi tanta q nem revisaram a prova. Na questão 33, pediam as respostas corretas. Nas respostas cobravam o item IV q nem tinha nas perguntas. Só pra confundir, ou foi erro de digitação? E ninguem merece fazer 100 questões em 4 horas com textos tão longos e ainda ter q marcar em dois gabaritos diferentes. Uma verdadeira ” maratona mental”. Felicito aos q se sairam bem, e tomara q os recursos sejam aceitos.
Que orgulho de vocês!BSF é citado por alguns professores em sala de aula, em conversas com amigos e agora em concurso público. Parabéns! =]
Claro que foi um erro de digitação na 33, mas ficou mais fácil acertar a questão já que somente restaram duas alternativas a A e a D para escolher.
E a 34:
Sobre biblioteconomia, analise as afirmativas abaixo:
I. Etimologicamente, biblioteconomia é o conjunto de regras de acordo com as quais os livros são organizados em espaços apropriados: estantes, salas e edifícios.
II. A organização começa antes mesmo do ingresso
dos livros na biblioteca, através de uma seleção
cuidadosamente atenta aos perfis dos
respectivos usuários.
III. A matéria-prima da biblioteconomia sempre fora o texto impresso, enquanto a documentação preocupou-se com os documentos de qualquer natureza.
O número de assertivas CORRETAS é:
a) 0
b) 1
c) 2
d) 3
A resposta certa é a “D”. Alguém pode comentar…Quem disse esta frase: A matéria-prima da biblioteconomia sempre fora o texto impresso, enquanto a documentação preocupou-se com os documentos de qualquer natureza.
E por que ela está certa?
eu sinceramente não saberia responder essa pergunta, porque conceitualmente, qualquer uma das opções poderia estar associada à iniciativas no bojo da web 2.0. Qualquer site que permite qualquer nível de interação com o visitante pode ser considerado “do bojo da web 2.0”. Por isso que web 2.0 é um conceito altamente mal empregado.
Eu lembro de um blog chamado “bibliotecários anarquistas” e de outro blog chamado “biblioloucos”. Em que extensão técnica eles são diferentes do BSF e da ExtraLibris? E quem formulou a metodologia necessária para averiguar que o BSF e a ExtraLibris possuem maior fator de impacto na divulgação da biblioteconomia e suas atividades no bojo da Web 2.0, do que o IBICT ou o CFB?
Agora, sobre a questão do reconhecimento, eu não enxergo com tão bons olhos assim. Já fiz essa crítica anteriormente, e a meu ver, não há nenhuma escola de biblioteconomia oferecendo disciplinas compatíveis com propostas de vanguarda para “divulgação da biblioteconomia e de suas atividades no bojo da Web 2.0”. Por isso que a gente tende a enxergar essas menções com bons olhos, quando na verdade elas apenas refletem a lentidão excessiva no reconhecimento e absorção de iniciativas que estão “ajudando na divulgação da biblioteconomia e de suas atividades no bojo da Web 2.0”, independente de ser BSF, ExtraLibris, IBICT ou CFB.
Além disso, essa pergunta não exige nenhum conhecimento técnico do candidato, é uma pergunta nula na verdade, porque não é o fato de o cara conhecer determinadas frentes de atuação web 2.0 que o tornará um profissional melhor capacitado. Não deveria se exigir um conhecimento que não é ensinado no curso de biblioteconomia. Não se discute nem mesmo a capacidade de reconhecer de fato em que o BSF é diferente do IBICT e do website do IBICT, por exemplo. Logicamente, porque nada disso é ensinado nas escolas de biblio e poderíamos ainda discutir seriamente que nada disso tem sequer a ver com biblioteconomia.
Antes que alguém diga, como o Gustavo sempre me falou, que os tópicos vanguarda só aparecerão em sala de aula depois que aparecem em concursos, infelizmente é a decoreba e a ausência da postura crítica nas provas de concurso público que direcionam as linhas de estudo em biblioteconomia e outras áreas. Essa questão é um exemplo, um péssimo exemplo.
Eu ficaria mais feliz no dia em que ver uma pergunta num concurso como: “como o processo de indexação dos títulos de um blog como o Bibliotecários Sem Fronteiras impacta na recuperação dos registros de informação em uma máquina de busca como o Google?” ou “Cite 5 indícios de como a configuração de uma comunidade profissional online bottom up, como a ExtraLibris, é capaz de promover uma mudança na mentalidade dos alunos do curso de biblioteconomia”.
argumentum ad ignorantiam – #mimimi
Moreno, a questão se respondia no brasileiros.
Mas em relação a questão não avaliar nada, concordo contigo. Mas infelizmente o que tenho presenciado nos concurso são sempre questões que não avaliam o conhecimento e sim uns decorebas absurdos. Uma pena, uma vez que o objetivo do concurso deveria ser selecionar os melhores para a função.
Mas um dia eles irão contratar o Gustavo para elaborar melhores provas e ai começaremos a melhorar as coisas. 😉
Que @OCriador te ouça, Tiago. Já escutei neguinho dizer que ganha 100 reais por questão, pelo menos na área de Direito é por aí.
Agora eu discordo de vocês, acho que toda questão avalia alguma coisa, nem que seja a capacidade de memorização.
Ah, é! Para lembrar os nomes dos blogs, né Gustavo? 😀
Claro que sim, Sibele.
Moreno,
acredito que você está equivocado ao afirmar que
“não há nenhuma escola de biblioteconomia oferecendo disciplinas compatíveis com propostas de vanguarda para “divulgação da biblioteconomia e de suas atividades no bojo da Web 2.0?.
Estou no 8 periodo de biblioteconomia na UFMG, e esse assunto é amplamente trabalhado em sala de aula, sendo tambem, foco de mestrado e doutorado na nossa escola.
Alias, faço 2 disciplinas relacionadas à ambientes colaborativos (Organização da informação em ambientes colaborativos e Organização da informação em ambientes móveis) sob coordenaçao da prof. Maria Aparecida Moura, sendo essa uma das areas de pesquisa da professora.
Moreno, creio que essa questão é de “atualidade”.
E sobre “Não deveria se exigir um conhecimento que não é ensinado no curso de biblioteconomia”, discordo. Primeiro, qual curso? Aqui no sul o curso da UFSC não é igual ao da UDESC, que já mudaram um pouco desde que me formei e que devem mudar em ritmo diferente de outros. Além disso, acho que nenhum bibliotecário deveria se limitar ao que é ensinado no seu curso.
Ana, o BSF e a ExtraLibris nada mais são primordialmente do que veículos de publicação de bibliotecários para bibliotecários (e talvez aqui eu tenha algum nível de autoridade para comentar o assunto). Se a UFMG tem disciplinas que ensinam os alunos a criar veículos de comunicação interprofissional, e melhor ainda, se é capaz de explicar a importância de se fazer isso dentro do escopo da formação de um bibliotecário, aí você me mostra o conteúdo programático da disciplina e o nome do professor, porque eu preciso parabenizá-lo.
Você tem aula de wordpress, de drupal, de delicious, de google reader, de wiki, entre outros? Porque pra mim, isso que é organização da informação em ambiente colaborativo. Isso que são, se bem aplicadas, “iniciativas que estão ajudando na divulgação da biblioteconomia e de suas atividades no bojo da Web 2.0”
Alguma disciplina de biblioteconomia no Brasil ensina a construir e a importância de se ter um blog interprofissional, ensina a usar twitter e a sua importância para o corpo bibliotecário? Me mostra porque eu nunca vi. E espero ansiosamente pra ver.
E Diego, então se caísse na prova uma questão sobre corrosão de materiais submersos não teria nenhum problema, pois se a lógica é não se limitar ao curso…afinal, as estantes também podem sofrer corrosão em função de goteiras na biblioteca e aí… a discussão é, em que extensão uma pergunta como esta que caiu na prova mede a competência de um profissional a ser contratado por uma instituição pública, independente de ele ter estudo na UFSC, UDESC, UFF ou USP?
Moreno, quanto a questão, acredito que tentaram ver se a pessoa tem acompanhado a área ou se parou no que viu durante o curso. É o que me parece, mas não estou querendo defender (ou não) a questão por isso. Só tentando entender o motivo da pergunta ter caído nesta prova.
Quanto a cobrar numa prova não somente o que se viu “no curso de biblioteconomia”, não me referia a esta questão, falei genericamente.
sim, eu entendi o que quis dizer. O último texto publicado na ExtraLibris (A morte iminente da universidade) tem uma passagem que diz: “A questão da pedagogia faz surgir uma questão ainda mais profunda – o propósito da universidade. No velho modelo, professores ensinavam e esperava-se que estudantes absorvessem vasta quantidade de conteúdo. A educação era sobre a absorção de conteúdo e ser capaz de lembrar dele nas provas. Você se graduava e então estava pronto para a vida – apenas mantendo-se informado no seu campo escolhido. Hoje quando você se gradua, você está livre por, digamos, 15 minutos. Se você fez um curso técnico metade do que você aprendeu no primeiro ano pode estar obsoleto no quarto ano. O que conta é a sua capacidade de aprendizagem de longo termo, pensar, pesquisar, encontrar informação, analisar, sintetizar, contextualizar, valoriza-lo criticamente; aplicar a pesquisa a solução de problemas; colaborar e comunicar.”
Bom, nesse sentido, os blogs e iniciativas de divulgação fazem completo sentido para a evolução profissional. O que eu questiono é se essa perspectiva está sendo “ensinada” ou “compartilhada” dentro dos cursos de biblio.
Outra coisa, eu talvez tenha generalizado também, certamente existem disciplinam que tratam do assunto. Roosewelt mesmo ministra disciplinas (na UFMA) de automação focadas no uso de ferramentas e conceitos emergentes. Mas quanto mais claro e “divulgados” esses conteúdos programáticos forem, melhor pra comunidade.
Parabéns Tiago, Gustavo e cia.
Moreno,
sim, eu tenho aula de wordpress, ja tive seminarios de wikis semanticos, Bookmarking Social, delicious. O twitter é discutido sempre em sala de aula, e principalmente a importância desses recursos dentro do escopo da formação de um bibliotecário.
O conteudo da disciplina “organizaçao da informaçao em ambientes colaborativos” é ministrado pela mestranda Juliana Horta de Assis Pinto e doutoranda Débora de Carvalho Pereira Debora, ambas sob orientaçao da prof. Maria Aparecida Moura. Todas elas atuam nesse grupo de pesquisa: http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhegrupo.jsp?grupo=0333607U3FOW5H
O conteudo da disciplina encontra-se disponivel em http://disciplinaoiac20092.ning.com/?xgsi=1. Da uma olhada, acredito que vc vai gostar!
Tive tb a disciplina “Gestão de Conteúdos na Web” ministrada pelo prof. Marcello Bax. O material dele esta disponivel no site
http://www.bax.com.br/teaching/
Fico feliz e orgulhosa de saber que a Escola de Ciencia da Informaçao da UFMG está um passo a frente, no que diz respeito a divulgaçao da biblioteconomia e de suas atividades no bojo da Web 2.0!
Um abraço!
Pat Guimarães
Moreno,
sim, eu tenho aula de wordpress, ja tive seminarios de wikis semanticos, Bookmarking Social, delicious. O twitter é discutido sempre em sala de aula, e principalmente a importância desses recursos dentro do escopo da formação de um bibliotecário.
O conteudo da disciplina “organizaçao da informaçao em ambientes colaborativos” é ministrado pela mestranda Juliana Horta de Assis Pinto e doutoranda Débora de Carvalho Pereira Debora, ambas sob orientaçao da prof. Maria Aparecida Moura. Todas elas atuam nesse grupo de pesquisa: http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhegrupo.jsp?grupo=0333607U3FOW5H
O conteudo da disciplina encontra-se disponivel em http://disciplinaoiac20092.ning.com/?xgsi=1. Da uma olhada, acredito que vc vai gostar!
Tive tb a disciplina “Gestão de Conteúdos na Web” ministrada pelo prof. Marcello Bax. O material dele esta disponivel no site
http://www.bax.com.br/teaching/
Fico feliz e orgulhosa de saber que a Escola de Ciencia da Informaçao da UFMG está um passo a frente, no que diz respeito a divulgaçao da biblioteconomia e de suas atividades no bojo da Web 2.0
Um abraço!
Ahh e sempre bom o recolhecimento, não só a vcs do BSF mais todos que já falam da questão web 2.0, com o entuito de agragar valor a profissão.
…”iniciativas de bibliotecários brasileiros”, o BSF e a EL foram iniciativas de estudantes não apenas para divulgar e sim para estabelecer a conversação, isso mostra vanguarda na discussão e o atraso dos cursos, ou seja, essa geração de estudantes estava anos luz a frente de professores. Agora acho bom saber que existe instituições como a UFMG, que ministram conteúdos voltados a essas ferramentas colaborativas. Olhei o programa da disciplina Gestão de Conteúdo Web e achei muito incipiente. Tudo bem que o Plone é um CMS poderoso e bastante usado, mas com certeza o Drupal ou até mesmo o WordPress tem mais aplicabilidade e uma maior comunidade de usuários e desenvolvedores. Ma so lance não é só mostrar ocmo instala, configura e usa e sim o contexto social que essa ferramenta está sendo aplicada, um blog sem sujeitos ativos, vira um monólogo e sua relevância é esvaziada. Moreno é muito complicado falar de Web 2.0 em uma área que utiliza tecnologia apenas para operacionalizar tarefas, que não tem a prática de produção e circulação de forma coletiva. Infelizmente a grande maioria dos professores de TI estão mais para um técnico do que um agente social, ou um militante político, logo, os alunos exigem do seu mestre uma aula prática, mecânica, e de utilidade imediata. Vejo o problema mais voltado a uma discussão sobre a escrita coletiva, a concepção de autor e propriedade, novos modelos de mercado, compartilhamento…Atualmente aqui na UFMA ministro a disciplina de Tecnologia e Gerenciamento da Informação, além das aulas teóricas e práticas, tecemos discussões a respeito das redes p2p e blogs/fóruns e as práticas compartilhamento de conteúdos, crítica ao discurso da indústria do copyright, modelo wiki para criação de acervos livres, google docs na construção de textos coletivos e por ai vai… Vejo que biblio deveria usar de forma tática essas tecnologias, no sentido político mesmo, senão vamos cair no mesmo tecnicismo que operacionaliza a organização e representação da informação em série. Empacota conteúdos e depois coloca na vitrine para os clientes consumirem, para depois argumentarem que a informação é poder.
Eita! Que discussão boa!
Preciso de ajuda:como o biblioteconomista ajudaria na biblioteca escolar, se as escolas públicas pudessem contratá-los, preciso de um artigo sobre esse assunto. Obrigada.