Tive uma rápida troca de emails com Jonas da UFRGS, que está fazendo uma pesquisa sobre dispositivos mobiles em bibliotecas brasileiras, e a conclusão que a gente chega não é muito boa: pouquíssimas experiências ainda no uso de apps.
Eu fiquei de investigar melhor e o meu chute é começar procurando o que as bibliotecas de universidades particulares estão oferecendo (Michelângelo, alguma novidade por aí?)
A única produção nacional que eu encontrei até agora foi um app da UCS no Google Play.
“Versão Beta do aplicativo para Android do Sistema de Bibliotecas da Universidade de Caxias do Sul.
Neste aplicativo é possível acessar:
– As atualizações do blog da biblioteca;
– Fotos (Flickr);
– Tutoriais em vídeo;
– Renovação de materiais.
Instale agora o primeiro aplicativo, disponível para Android, de uma biblioteca universitária brasileira.”
Jonas indicou a versão mobile do Portal Capes, que não é um aplicativo, mas já é um avanço o fato de ter uma versão móvel do site.
Falar de aplicativos em bibliotecas brasileiras pode parecer um completo absurdo para quem gosta de defender o discurso de que o país é muito grande e distinto e que tecnologias mobile não fazem parte da realidade da massa brasileira. Mas faz completo sentido se você considerar que todas as pessoas ativas economicamente possuem algum modelo de telefone celular (muitas sem conexão 3G ou 4G, embora a óbvia tendência seja de dominação do mercado em médio prazo) e que a maior parte dos universitários de instituições públicas ou privadas utilizam a biblioteca com aporte de seus aparatos tecnológicos (não é raro ver na biblioteca em que trabalho, por exemplo, alunos estudando nas mesas com seus ipads e iphones a tiracolo).
Preparar os catálogos para as versões mobile seria o primeiro desafio, acompanhado logo atrás da necessidade de criação de aplicativos para android e iOS.
Existem boas experiências que servem de modelo, muitas universidades americanas e européias, alguns aplicativos de bibliotecas nacionais e museus. É o tipo de coisa que dentro dos próximos anos vai exigir investimento e planejamento próprio, além da mão de obra especializada.
Das centenas de opções no itunes store e google play, eu gosto dos exemplos da rede de bibliotecas da Universidade de Salamanca
Livros famosos da Bayerischen Staatsbibliothek
Existe também um infinidade de aplicativo que podem servir de serviços extras às bibliotecas. Caruso indicou o EasyBib, um aplicativo do ipad para criação automática de referências a partir do código de barras dos livros. Testamos com ISBN de livros brasileiros e deu certo.
tem tambéms as lindas versões mobile do WorldCat, North Carolina State libraries e Duke.
Se vocês conhecem algum aplicativo ou versão mobile de biblioteca brasileira, indiquem que eu atualizo a lista.
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