Já discutimos aqui o quanto as novas métricas são úteis para análise do impacto social e mensuração da atenção online que artigos científicos recebem nas mídias sociais e como os bibliotecários podem atuar auxiliando pesquisadores e instituições de pesquisa na coleta e análise desses dados.
Os editores científicos também estão cada vez mais presentes nas mídias sociais e venho observando a atuação de alguns que considere que estão realmente entendendo bem como é esse novo contexto dinâmico da web social e como usá-lo a seu favor, na promoção dos seus produtos e serviços científicos e no engajamento com o público, atuando no marketing científico digital.
Assim como empresas e marcas com bom desempenho na rede irão se destacar editores que já entenderam que não basta apenas as triviais postagens a cada novo fascículo de suas revistas científicas, ou a divulgação de seus artigos transcritos unicamente pelo título seguido do link de acesso.
Uma boa maneira de atuar e mostrar que está “imerso” na rede é procurar, por exemplo, dialogar com temas e assuntos que alcançam popularidade na rede e viralizam e se apropriar de suas hashtags e expressões e vinculá-los a áreas de pesquisa, fascículos especiais de revistas ou postagens com contribuição de especialistas sobre o assunto.
Na semana passada o fato marcante na internet foi “a cor do vestido”, com inúmeras matérias em jornais e portais de notícia. De acordo com o G1 a foto do vestido foi postada no Tumblr por um usuário chamado “swiked” na quarta-feira (25/02) e após o site de entretenimento Buzzfeed perguntar a opinião dos leitores, na quinta-feira, a publicação foi visualizada quase 22 milhões de vezes até a manhã da sexta-feira (27/02).
O assunto encabeçou o Topic Trends do Twitter no Brasil e no mundo. No Brasil o caso chegou ao Trends do Twitter pela hashtag #PretoEAzul e no mundo como #TheDress. O pessoal da #interagentes fez uma coleta massiva dos dados de compartilhamento e apresentaram uma visualização georeferenciada de sua evolução na rede de hora-a-hora (vale muito a pena conferir).
Tão logo alcançava maior audiência em viralização a Elsevier por meio do seu Blog Elsevier Conect publicou um post sobre o assunto e convidou um Neurocientista (pesquisador colaborador) para relacionar a curiosidade de maior buzz da semana com aspectos da “ciência da ilusão”. E utilizou sua conta do Twitter para divulgar a postagem:
Acho que esse tipo de percepção de criação e aproveitamento de contexto contribui e muito ara atuação nas mídias sociais e deve ser melhor aproveitado, por editores, ou mesmo por perfis de bibliotecas. E aí, conhece algum outro insight bacana de editores científicos? Compartilha com a gente aí nos comentários 😉