Atualmente existem dois tipos de bibliotecas digitais (me corrijam se estiver errado):
1º – Bibliotecas digitais de preservação de documentos históricos. Elas digitalizam documentos históricos e livres da cobrança de direitos autorais e os disponibilizam para consulta.
2º – Repositórios. Em que os autores depositam os seus trabalhos, quase sempre acadêmicos, abrindo mão de qualquer tipo de cobrança de direitos autorais.
As perguntas que ficam são as seguintes:
– E onde ficam o resto?
– Será que os direitos autorais são uma barreira real para a criação de bibliotecas digitais?
Uma das hipóteses para a primeira questão, eliminando o mercado literário que é protegido, é que existem muitas informações de qualidade dispersas na Web. Isso não é ruim do ponto de vista da divulgação, mas poderia ser melhor se fosse possível manter elas dispersas, mas criar um sistema de organização coletivo.
Temos que eliminar a idéia que os repositórios são as bibliotecas digitais do futuro. Pelo menos esse é o meu ponto de vista.
2 respostas para “São os repositórios as novas bibliotecas digitais?”
Concordo. Mas vai dizer isso pra Kuramoto – http://kuramoto.wordpress.com/2007/09/12/futuro-das-bibliotecas-digitais-e-discutido-no-brasil/. Nosso mainstream da CI acredita que os repositórios são a solução para tudo.
Os repositórios não deixam de ser um tipo de bibliotecas digitais, dado que ambos armazenam objetos digitais. A única diferença é que os repositórios digitais de acesso livre armazenam preferencialmente a produção científica de uma instituição, agência de fomento, de uma área, ou de um País. O Portal de Periódicos da Capes é também uma biblioteca digital. A questão que levantei no link referente a um post publicado há mais de um ano em meu blog era uma crítica à Capes pelo fato de ter dado um título um tanto quanto pomposo para discutir o futuro dos portais de periódicos. O tema efetivamente não englobava outros tipos de bibliotecas digitais, mas apenas discutiam o futuro dos portais de periódicos, que acredito ter um futuro sombrio devido ao avanço das iniciativas do Open Access. Portanto, nada tenho contra as bibliotecas digitais. Apenas acrescento que a nossa área é muito dinâmica e os termos são rebatizados quase que diariamente.
Seguem, alguns links do meu blog em que exploro a definição de repositórios digitais:
http://kuramoto.wordpress.com/2008/12/08/distinguindo-os-conceitos-de-repositorios-e-publicacoes-eletronicas/
http://kuramoto.wordpress.com/2007/09/12/futuro-das-bibliotecas-digitais-e-discutido-no-brasil/
Neste último eu discuto a questão das bibliotecas digitais mostrando a confusão ou desinformação que instituições no Brasil provocam para justificar os seus interesses.
Cordiais saudações.
Helio Kuramoto